rock francês

5ª, 31 janeiro, 19h00 entrada livre























Marvin
Formados em 2003 por Frédéric Conte, Emilie Rougier e Grégoire Bredel, os Marvin produzem uma sonoridade electrorock que cruza o Krautrock, um certo som de Chicago, pós punk e errrr um electro sujo. Depois de três anos a tocar um pouco por todo o território francês, o trio de Montpellier editou o primeiro álbum em Março de 2007.
www.myspace.com/marvinband


Goodbye Diana
A música dos Goodbye Diana remete-nos para a celebração do pós-rock. Numa altura que o género se tornou quase receita-chave para algumas bandas desesperadas, os franceses fazem-nos lembrar e procuram nos anos 70 a inspiração para a música que fazem. Para apreciadores de Don Caballero, June of 44, Honey for petzi e Dianogah.
www.myspace.com/goodbyediana


organização:
Lovers & Lollypops
www.loversandlollypops.com
www.myspace.com/loversandlollypops
loverslollypops@gmail.com

boiar





sábado dia 26 houve nevoeiro, no prato com fyta cola,

pelo direito à mobilidade

2ª, 28 janeiro, 21h00 entrada livre

Vamos preparar uma manifestação para o dia 9 de Fevereiro, onde se lute pela alteração da Lei da Imigração, que protege de facto as redes mafiosas de tráfico de migrantes, onde se denuncie a brutalidade da actuação do governo português no caso concreto da recente expulsão de imigrantes marroquinos “sem-papéis”, e se pugne pelo direito fundamental que é o da livre circulação de seres humanos.

Porque ninguém é ilegal

nevoeiro no prato com fyta cola

sáb. 26 janeiro, 19h00 entrada livre














Boiar

Electrónica | Electroacústica | Experimental
www.myspace.com/boiar

reunião para preparar acção junto do CIT

, 16 janeiro, 21h00 entrada livre

Reunião para preparação de iniciativa sobre a situação dos imigrantes marroquinos detidos no Centro de Instalação Temporária, no Porto.

Organização: Rede Que Alternativas?

Objectivo: denunciar e chamar a atenção para os problemas das políticas de repressão à imigração que favorecem e alimentam as redes criminosas de tráfico humano e de auxílio às acções da imigração ilegal e que estão a ser aplicadas em Portugal e na Europa. Esta foi também uma preocupação recentemente manifestada pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

O caso recente dos imigrantes marroquinos que desembarcaram no ilhéu da Culatra, em Olhão, e que se encontram detidos no centro de instalação dos SEF no Porto, como de criminosos se tratassem, veio colocar em evidência a situação dramática em que se encontram centenas de imigrantes que foram vitimas de tráfico humano e que devem ser protegidos. É nosso dever apoiá-los.

Ao contrário do que tem sido a prática das autoridades, existem Directivas Comunitárias, Convenções Internacionais instrumentos legais portugueses que obrigam à garantia de protecção destes imigrantes. A sua expulsão é praticamente condená-los à morte, pois a maior parte destes imigrantes estão dispostos a arriscar novamente a perder a vida através da travessia oceânica, como aconteceu com milhares de homens, mulheres e crianças que, durante o ano de 2007, perderam a vida ao tentaram a sua sorte na falta de outras condições.

A Rede Que Alternativas? nasceu a partir da organização da iniciativa "África-Europa: que Alternativas?", paralela à cimeira oficial, que decorreu nos dias 7, 8 e 9 de Dezembro em Lisboa. Esta iniciativa contou com a participação de diversas associações e movimentos sociais europeus e africanos, quer como convidados quer como organizadores.

A Rede, então formada, congrega membros de diversas associações e visa dar continuidade, em Portugal com muitos outros actores sociais que queiram juntar-se a ela, aos debates e movimentos de luta que germinaram do referido encontro.

Hoje, na Europa, a imigração é uma das questões mais emergentes ao nível da acção e debate. O caso dos imigrantes marroquinos que actualmente estão presos no centro de detenção de imigrantes no Porto é emblemático da gravidade da situação de violação dos Direitos Humanos.

As políticas de repressão na UE, de externalização das fronteiras vão no sentido contrário dos Direitos Humanos e do apoio às pessoas vítimas de tráfico de seres humanos e favorecem a exploração desumana de homens e mulheres indocumentados.

A ideia é juntar activistas de todo o país para organizarmos esta acção junto do CIT do Porto em conjunto com a Rede Que Alternativas?

Mas para possa ser levada a bom porto, precisamos dos vossos contributos, propostas e ideias. Estamos convictos de que esta iniciativa poderia ser um ponto de partida para iniciar um trabalho conjunto, reforçar posições e parcerias imprescindíveis para a defesa dos mais excluídos e necessitados.

Contactos da Rede Que Alternativas?

que.alternativas@gmail.com
Camila Lamarão : 914 194 013
Timoteo Macedo : 914 948 558
Benoît Guichard : 964 921 446

música electrónica

sáb. 12 janeiro, 19h00 entrada livre



www.myspace.com/hyaenaxreich
www.myspace.com/nervousstillness

convite para partilharmos informação

A CasaViva tem a felicidade de ter um espaço amplo, que muito raramente é utilizado na sua plenitude. Nesse sentido, decidiu-se dedicar uma sala para coisas mais perenes, como computadores, biblio, áudio e videotecas e, igualmente importante, espaço para que gente que connosco partilha críticas e pensamentos possa divulgar as suas lutas.


Ou seja, para além de, logicamente, aceitarmos que nos enviem zines, livros, CDs, filmes e computadores que tenham a mais ou que iam deitar ao lixo, gostaríamos de vos convidar a ter uma banca permanente nesse espaço que será de acesso livre e público. Temos mesas disponíveis para colocar lá flyers, cartazes, zines, o que acharem que é importante a cada momento.


A ideia é que a banca seja alimentada pelas próprias pessoas ou colectivos que a ocupam, ou seja, é importante que, regularmente, nos enviem material novo para substituir o que a obsolescência ou o interesse de quem por cá passa fizer desaparecer.


Envia as tuas coisas para:


CasaViva

Praça Marquês de Pombal, 167
4000-391 Porto

trashbaile

Duas horas a trashbailar no último sábado de 2007

numb skull e carnival bombs

Numb Skull












Carnival Bombs













Tocaram na CasaViva no início da noite de 28 de dezembro 2007

apontamentos históricos para a compreensão do sentimento nacional basco

Poucas vezes um acontecimento de solidariedade terá atingido de forma tão certeira o seu objectivo como a conversa que decorreu na tarde de 22 de Dezembro passado, dedicada ao povo basco e à sua luta. Quem teve o privilégio de estar na CasaViva a ouvir e interpelar Rui Pereira e alguns activistas da ASEH - Associação de Solidariedade com Euskal Herria saiu de lá com conhecimentos históricos e pinceladas de actualidade que ajudam a compreender definitivamente o sentimento nacional basco. Ora, quando se acredita que uma causa é merecedora de solidariedade, nada melhor do que partilhar o que se conhece, de forma a que a informação permita que novas pessoas possuam argumentação suficiente para ir desfazendo as inverdades que os poderes político e mediático paulatinamente inculcam. Foi isso que aconteceu. Rui Pereira, jornalista e autor do polémico livro "Euskadi - A Guerra Esquecida dos Bascos", cuja segunda edição foi, alegadamente, comprada quase na totalidade pelo Estado espanhol para a impedir de circular, abriu uma conversa enormemente pedagógica onde se debateram as razões históricas que conduziram ao conflito e a repressão de que é, actualmente, alvo um povo tão próximo de nós.

A “guerra do norte”, como lhe chamam os militares em Madrid, é o último processo político europeu com uma componente militar activa, agora que o IRA, por exemplo, baixou as armas. “É um conflito de baixa intensidade militar e altíssima intensidade política”, descreveu Rui Pereira. Euskadi foi o laboratório duma agenda repressiva mundial. Foi lá que se ensaiou a teoria da guerra total, que prevê operações militares de conquista e de controlo social das populações, através da policialização do conflito. A determinada altura, deixou de se tratar da luta dum exército contra um movimento armado e passou a ser apresentado como um caso de polícia, onde há criminosos que têm que ser detidos, porque atentam contra a democracia. Este véu, que transforma o conflito numa coisa que ele nunca foi, chama-se propaganda e está inscrita no topo do livro de instruções da guerra total que Espanha iniciou nos anos 80 e a que todo o Ocidente, entretanto, aderiu. A partir daqui pode-se fazer o que se quiser, testando os limites da tolerância internacional, que aumentou brutalmente depois de 2001. Tal como acontece hoje com Guantánamo e mais umas prisões secretas a soldo dos “aliados” já Euskadi tinha sentido na pele as deportações de pessoas sem culpa formada para “zonas de não direito”, territórios longínquos e sob domínio dos serviços secretos do Estado espanhol. No seguimento do 11 de Setembro de 2001, as coisas pioraram. Mas já lá vamos.

Antes, será melhor respeitar a ordem que a conversa seguiu e lembrar que o País Basco é uma entidade mais antiga do que Espanha. Ou que o 1º rei basco foi coroado três séculos antes de D. Afonso Henriques. Militarmente, o conflito com Castela existe desde o século XIII. Em 1521, o reino basco de Navarra cai. Em 1580, cai Lisboa. Trata-se, referiu o jornalista, do “mesmo movimento expansivo do centro, de Madrid, para a periferia. Do mesmo modo, nessas periferias, em Portugal, na Galiza, na Catalunha, no País Basco, começa a enraizar-se o repúdio pelo centro. De todas essas zonas, apenas Portugal logrou, já no século XVII resolver a sua questão”. Os bascos, por exemplo, ainda não a resolveram.

Mesmo dominando militarmente a zona, os reis de Castela sempre respeitaram os chamados “foros”, a democracia rural basca, forma através da qual a sociedade se organizava e pela qual sempre manteve uma autonomia relativa. Esse respeito pelos “foros” durou até ao século XIX, mais precisamente até 1871, altura em que foram suprimidos, juntamente com a última fronteira que separava Espanha do País Basco. “Tudo isto foi pura conquista militar”, repetiu várias vezes Rui Pereira, para que não deixássemos de o ter presente. Surge aí um novo nacionalismo, uma reinvenção duma tradição basca encetada por alguns pensadores e que esqueceu Navarra. Os territórios desse nacionalismo são definidos como Euskadi e integram Vitória/Gasteiz, Bilbau/Bilbo e San Sebastian/Donostia. Tinha, como todos os nacionalismos do século XIX, características marcadamente racistas e dele emergirá o Partido Nacionalista Vasco (PNV).

Em 1936, depois do que conhecemos por guerra civil espanhola, nome recusado pelos bascos, a vitória das forças de Franco deu origem a uma des-basquização, onde se mudaram nomes a mortos, onde se proibiu a língua e o baptismo com nomes bascos, no que foi um dos processos mais violentos do fascismo europeu de descaracterização de comunidades”. Em 1958, um grupo de jovens estudantes de S. Sebastian/Donostia e Bilbau/Bilbo, descontentes com a inacção do PNV, formaram um grupo a que chamaram Ekin, o que significa “Fazer”. E agir era, de facto, o objectivo deste grupo. Se necessário, com recurso à vertente militar. É daqui que nasce a ETA, que viria a ter um papel preponderante para a “transição democrática” espanhola (que Juan Carlos impôs no seguimento da morte de Franco), ao fazer explodir Carrero Blanco , “delfim do ditador, que ficou, assim, sem o sucessor que tinha vindo a preparar”, como notou Rui Pereira.

Se as coisas melhoraram momentaneamente, foi porque se tornou difícil articular a repressão, agora que o Estado espanhol entrava no clube das democracias, agora que escasseavam ditaduras amigas e agora que surgiam, por toda a Europa, movimentos armados. As estruturas mantinham-se, que a “transição democrática” não lhes mexeu, mas os objectivos passavam a ter dois sentidos: por um lado, “evitar que os comunistas tomassem conta daquilo” e, por outro, “evitar que Espanha se separe”. Entra-se, assim, em plenos anos 80 do século XX, no que o jornalista apelida de “democracia a duas velocidades” que transformou o problema nacional basco num problema policial espanhol e em questão repressiva à escala internacional. Entra-se na fase da guerra total.

Em Dezembro de 2001, surge um novo desenvolvimento, quando Baltazar Garzón declara ao ABC, diário de direita do Estado espanhol, que “não existe envolvente da ETA. Tudo é ETA”. Inaugura-se, então, uma nova fase, a que traz a possibilidade de declarar ilegais organizações inteiras. Desde então, aconteceu isso mesmo a 290 associações, entre elas grupos de mulheres, de jovens, de moradores. Tudo é ETA.

O PNV, partido actualmente no poder, é, oficialmente, independentista. É um partido democrata-cristão mas que, em muitos pontos, está muito à esquerda do partido socialista de Sócrates, por exemplo. Se, por um lado agrupa grande parte do empresariado basco, por outro, é-lhe afecta a maior central sindical basca. É tão abrangente que, na sua indefinição, se limita a uma prática de administrador da situação que existe. É, na teoria, revolucionário, porque afirma querer uma situação nova e, na prática, do sistema, porque não provoca nem cria novas situações Tem-se valido do chamado pragmatismo para se manter no poder , mostrando-se como alternativa única ao PP, e baseando-se no vamos, por pequenos passos, caminhando para uma autonomia maior, até que se possa reivindicar algo mais. Mas não se livra de ter ajudado a instituir a ideia de que o problema do País Basco é um problema de paz, quando se trata, de facto, de um problema de justiça.

É que, ainda hoje, a situação repressiva é de tal ordem que não se reduz à vertente militar, antes pretende retirar todo o oxigénio que permitia ao sentimento basco respirar. “O independentismo basco construiu espaços alternativos que o Estado espanhol não conseguia controlar institucionalmente. Havia vida para além do Estado espanhol. Foi isso que se quis destruir”, alertou Rui Pereira. Por estes dias, “há cidades fechadas por check points, há tortura, há presos políticos espalhados por todo o território do Estado espanhol, há revistas a 50 pessoas por terem o aspecto errado. Decidem que uma pessoa é terrorista e ilegalizam a associação a que pertence”.

Depois da conversa, a música solidária, que, como se pode ler no blog da ASEH, “começou com o hip hop corrosivo dos Stregul para, depois, dar lugar ao punk dos Sobressaltos e ao metal dos Razer. Durante os concertos, um projector lançava vídeos sobre a parede que ilustram bem o dia-a-dia do povo basco e da repressão que vive”.

www.paisbasco.blogspot.com

o registo da galinha

Para mais tarde recordar, palavras avulso caracterizaram o encontro promovido para contrariarmos a esperteza da raposa no galinheiro.

música e histórias na indignação da galinha

Às acções de rua, ao convívio e conversa do fim-de-semana de 14 a 16 de Dezembro, organizado para contrariarmos a esperteza da raposa no galinheiro e não ficarmos cada um a seu canto a esgravatar terra, juntou-se a música e uma contação de histórias.



Pedro :: Diana e as suas interventivas canções abriram a animação no sábado à noite.

Thomas Bakk e as suas divertidas e interactivas histórias encerraram a noite de sábado.


Abdul Moimême – sax, Henrique Fernandes – contrabaixo e Gustavo Costa – bateria, actuaram no domingo à noite, num trio improvisado muito aplaudido, fechando assim o fim-de-semana da indignação da galinha.