Ciclo de Cinema: "O CORPO"

2ª, 3 fevereiro 21h30 entrada livre













FOME, de Steve McQueen, 96', 2008, leg. português

Irlanda do Norte, 1981.


Após uma série de acções de protesto contra o não reconhecimento do estatuto de prisioneiro de guerra, um grupo de reclusos republicanos inicia uma greve de fome na prisão de Maze, em Belfast. Esta é a história verídica da luta de Bobby Sands e seus companheiros pelo reconhecimento do movimento pela independência da Irlanda do Norte.


O filme aborda a relação violenta entre Indivíduo e Estado, os limites da condição humana e o valor da vida face à morte, apresentando-se como uma experiência sensorial onde o Corpo surge como arma contra a opressão, a forma definitiva de Resistência.

Música clássica a fechar a 1ª noite da Oficina Activa

6ª, 31 janeiro 21h30 entrada livre 


















Janeiro na CasaViva termina com um recital de piano de Ana Kennerly
. Suíte Francesa Nº 2 em Dó menor, BWV 813 de J.S.Bach 
. 1º andamento da Sonata No. 13 em Dó bemol maior, K. 333 Mozart 
e algumas surpresas... 

e um Filme: 
A little nightmare Music [59’] 2008 
de Riso Garantido com Igudesman&Joo

e Vinho Quente para aquecer as pessoas que se esqueceram da mantinha!

Oficina Activa DIY

6ª a domingo | 31 janeiro a 2 fevereiro | entrada livre























programação: oficinaactivadiy.wordpress.com/horario

Cinema e mulheres: Branca de Neve + Fabulário

, 27 janeiro 21h30 entrada livre

Branca de Neve [75']
de João César Monteiro (2000)

Baseado no livro homónimo de Robert Walser. Se Mitry, Michel Chion e Robert Bresson nos disseram que nunca houve um cinema mudo, mas que fora um cinema surdo, se as imagens expostas nos nossos ecrãs são matéria para os nossos desejos, ainda que fossem desejos mesmo nossos! 

Branca de Neve inscreve-se na história do cinema português como um ponto de fuga a toda a produção maniqueísta e previsível de imagens poluentes. Na miragem ensurdecedora das imagens contaminadas e contaminantes, João César Monteiro expõe a liberdade total do autor e dá-nos matéria para reflectir sobre o cinema da cegueira generalizada, i.e., um cinema cego. 

Silenciar as imagens, sufocar as sua fixação cacofónica com a Palavra do Poeta é matéria para a imaginação e reflexão colectiva. Será o que nos ensina Branca de Neve?













FABULÁRIO [4']
de Ana Kennerly (2013) 

Baseado num texto intitulado Fábula, de Fernando Pessoa.

Festival Feminista NÃO É NÃO

sábado, 25 janeiro 16h00 entrada livre























Atividades permanentes: 
Exposição "Mulheres" da Bixu 
Instalação artística da Mescla 
Banca de Fanzines, patches e Cds  
Artes várias feministas 
Petiscos e bebidas 
Sala Museu com projeção de videos

Atividades com horário definido:

17h30 Debate "Amor Romântico Vs Amor livre" 
19h00 Teatro: “Máquina reprodutora, borralheira, princesa e secretária tiram férias e roem a corda” com Daniela Gama, Diana Dionísio e Susana Baeta.  
20h30 Concerto performance "Vehículo matéria flecha e voz" + Exposição da Sem Forma Fabiola  
21h00 Jantar 
21h30 Concerto do Corisco

Organiza Coletivo Feminista Bala Roxa

Aparece e divulga!! Não te esqueças de trazer xs avóxs, não te esqueças de vir com xs filhas, xs amigxs...!

Kesta Merda?! Tertúlias sobre a actualidade

, 22 janeiro 21h30 entrada livre



















Quase todos os dias somos brindados com pérolas informativas que nos fazem soltar um grande "Kesta Merda!", seguido de uma vontade voraz de debatê-las e dissecá-las até às entranhas. Aqui entra a CasaViva, onde todos os temas são importantes e qualquer assunto pode ser desmontado.

Basicamente de duas em duas semanas, entre copos e petiscos (se alguém chegar com eles), cada um traz as actualidades que mais o tocaram, intrigaram e pasmaram, para conversar sobre elas com quem estiver por lá. Porque pensar em conjunto abre sempre mais portas.


Se não puderes vir, sintoniza a Rádio CasaViva.  

Cinema e mulheres: Hannah Arendt

, 20 janeiro 21h30 entrada livre
 
Das actividades que decorrem em Janeiro na CasaViva, as segundas-feiras estão reservadas a um ciclo de cinema sobre mulheres, em que nos reencontramos com Virginia Woolf, Louise Michel, Hannah Arendt, mas também com Mrs Dalloway, Louise (aka Jean-Pierre) e Michel (aka Cathy), ou heroínas de contos infantis.
















Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta [109']
2002 Inglês com legendas em Português

Um filme. Duas mulheres. Duas mulheres de um mesmo espaço geográfico: Alemanha. Duas mulheres de tempos diferentes. Duas mulheres de duas gerações. Dois aspectos que só por si problematizam questões de género, de poder e de política. Tendo em conta uma questão subjacente, mas premente em todo o filme, que podemos resumir nestas palavras de Heidegger (1954) «(...) ainda não começámos a pensar». É isso mesmo a proposta de von Trotta e de Hannah Arendt, i.e., sim, já começámos a pensar! 

Dois conceitos. Primeiro: a natureza do mal não é radical, é extrema e, segundo, antes de qualquer pertença «local» ou «íntima», o que nos pertence a todos é a nossa humanidade partilhada. Vindo de duas mulheres de tempos diferentes, ainda são dois conceitos dificilmente percebidos num mundo assente num maniqueísmo insistente, persistente, imponente e poderosamente masculino!

A história, antes de ser a vida de Hannah Arendt, como o título do filme sugere, que obviamente não se resume ao momento do julgamento de Eichman em Jerusalém, conta a história de um pensamento de uma mulher amante de, e amada por, Heidegger, companheira e esposa de Günther Stern (aka Günther Anders), amiga de Walter Benjamin, contemporânea de grandes pensadores, e diz-nos: «Sim, já começámos a pensar!», mexendo na dolorosa ferida dos enganos e desilusões perpetuados pelo mundo ocidental.

Trailer: http://youtu.be/HHzVOBMMGqc

4ª e última sessão:
27/01 Branca de Neve + Fabulário (curta-metragem)

Riot de Janeiro: professores em luta

sábado, 18 janeiro 20h00 entrada livre














2013 foi um ano diferente para o Brasil, e principalmente para o Rio de Janeiro, apelidado carinhosamente de Riot de Janeiro. Muitos movimentos se consolidaram, cresceram, e a ação direta tornou-se ordem do dia. 

Entre estes movimentos, a Greve dos professores do Estado e Município do Rio de Janeiro teve um destaque especial. O movimento de base, assembleias com 20.000 professores, ocupações e muitas outras atividades sacudiram a vida dos cariocas e fizeram história. A companheira Bárbara Mendonça, participante da greve fará então uma apresentação para nós, aqui na CasaViva, no sentido de contar-nos, de dentro, como tudo isso aconteceu.

Jantar com o livro do mês

, 17 janeiro 20h00 entrada livre
















O indivíduo na sociedade

"A regeneração da humanidade não se alcançará sem a aspiração, a força energética de um ideal. Este ideal, para mim, é a anarquia, que não tem evidentemente nada a ver com a interpretação errónea que os adoradores do Estado e da autoridade têm aptidão para espalhar. Esta filosofia lança as bases de uma ordem social nova, fundada sobre as energias libertadas do indivíduo e a associação voluntária dos indivíduos libertadores."  
Emma Goldman

Info sobre o livro do mês de janeiro aqui