sáb. 25 de novembro, 18h00 entrada livre
RECITAIS DE OUTONO DO MUSAS - POESIA (manifesto)
Outono é tempo de ruptura.
Morre-se para estrumar o futuro que aí vem (ou o que nunca virá).
E romper é, por isso, estruturalmente a vida.
Ou, isto é, a morte...
Rompem os jovens poetas destroçando a mudez,
num parto balbuciante talvez, doloroso ou, ao invés,
contorcendo-se já como vírus infecciosamente a crescer por aí,
espetando silêncios onde outros queriam ruído e aprovações.
Tempo de ruptura. Do fel. Ou de utopia,
cuidando que há mais do quedar-se em casamento ao gosto do poder.
Rompem os velhos-poetas-mortos-para-este-mundo,
raivosos de maios e abris que ardilosamente trouxeram até aqui.
Não são rosas, senhor. É lama e não metal.
O barro (que somos nós).
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