Sessão dupla de cinema comunitáro, para que nos lancemos em conversas a seguir... 28 e 29 julho, 21h30 entrada livre
Recentemente surpreenderam-nos os acontecimentos da Tunísia ou do Egipto que desembocaram na saída dos tiranos Ben Ali e Mubarak. No entanto, outra "revolução" que tem lugar desde há dois anos foi convenientemente silenciada pelos meios de comunicação. Ocorreu nesta nossa Europa (no sentido geopolítico), num país que, provavelmente, tem a democracia mais antiga do mundo, cujas origens remontam ao ano 930, e que ocupou o primeiro lugar no relatório da ONU do Índice de Desenvolvimento Humano de 2007/2008. Trata-se de Islândia, onde se fez demitir um governo completo, nacionalizaram-se os principais bancos, decidiu-se não pagar a dívida que estes criaram com Grã-Bretanha e Holanda por causa da sua execrável política financeira e se acaba de criar uma assembleia popular para reescrever a Constituição.
Para uma história desta revolução, podes, por exemplo, ler o seguinte texto: A revolução silenciada.
5ª , 28 julho 21h30
God Bless Iceland, de Helgi FelixsonIt (2009)
Já foi dito que o colapso da economia nacional da Islândia no outono de 2008 transformou os cidadãos em activistas. A crise financeira global atingiu o pequeno país com muita intensidade, tornando-o em mais uma vítima do capitalismo turbo. Com perdas de milhões, os três maiores bancos faliram na mesma semana. Gente enraivecida patrulhou o centro de Reykjavik durante semanas, exigindo a demissão do governo. O realizador filma estes protestos e as respostas que o povo ia dando ao facto de viver num país em bancarrota. E filma também jovens tubarões dos negócios.
6ª, 29 julho 21h30
Maybe I Should Have, de Gunnar Sigurðsso (2010)
Esta sessão foi transferida para a Es.Col.A do Alto da Fontinha, Rua da Fábrica Social nº17
Documentário islandês sobre as causas e os efeitos da crise financeira nesse país. O filme toca uma grande variedade de temas, incluindo a finança, a corrupção, o nepotismo, a privatização do sistema bancário islandês, os paraísos fiscais, as ligações entre política e negócios, o movimento de cidadãos e a reacção do governo aos sinais de aviso do colapso do sistema bancário em 2008.
No fim de ambos os filmes, esperamos falar sobre o assunto entre os presentes.
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