ROMP

sáb. 25 de novembro, 18h00 entrada livre

RECITAIS DE OUTONO DO MUSAS - POESIA (manifesto)
Outono é tempo de ruptura.
Morre-se para estrumar o futuro que aí­ vem (ou o que nunca virá).
E romper é, por isso, estruturalmente a vida.
Ou, isto é, a morte...
Rompem os jovens poetas destroçando a mudez,
num parto balbuciante talvez, doloroso ou, ao invés,
contorcendo-se já como vírus infecciosamente a crescer por aí­,
espetando silêncios onde outros queriam ruído e aprovações.
Tempo de ruptura. Do fel. Ou de utopia,
cuidando que há mais do quedar-se em casamento ao gosto do poder.
Rompem os velhos-poetas-mortos-para-este-mundo,
raivosos de maios e abris que ardilosamente trouxeram até aqui.
Não são rosas, senhor. É lama e não metal.
O barro (que somos nós).

depois de intensa tarde de xadrez, j'm'en fous




































casaviva contra a shell









11 anos depois do assassinato
do ambientalista nigeriano
Ken Saro-Wiwa

xadrez à tarde, avant punk crust à noite

sáb. 11 novembro, entrada livre

Das 15h30 às 18h30:
1º torneio de xadrez de outono do musas
Organização do Sport Musas e Benfica, direccionada a jogadores federados e não federados, de clubes escolares ou outros, de todas as idades.


















mais informação em http://musas.pegada.net/

23h00:
j’m’en fous
Concerto avant punk crust de squatters suíços.

dia mundial contra a shell

6ª feira, 10 novembro, 21h00 entrada livre

Relembrando o assassinato do activista ambiental Ken Saro-Wiwa e a problemática das alterações climáticas no Dia Mundial Contra a Shell, o GAIA apresenta na casaviva167:

21h00: a hora do chá, um momento de meditação por um mundo melhor e por aqueles que lutam para que esse mundo “aconteça”.
22h00: “a herança – o mundo dos nossos filhos”, documentário sobre as alterações climáticas.
23h00: tertúlia dinâmica sobre as alterações climáticas e a procura de soluções para o problema.
00h00: música, actividades interactivas e convívio.

Mais informação em http://www.gaia.org.pt/

registos diferentes

talitha kum

nasa

Jornalistas ignoram Javier Couso

Irmão de José Couso, repórter assassinado pelos EUA no Iraque, reclama justiça.
Fotos: Ursula Zangger















“Nesta sociedade vertiginosa em que vivemos, as notícias passam de moda e os mortos caducam.” Com esta acusação, o espanhol Javier Couso terminou a sua conferência na casaviva167, no dia 2 de Novembro, sobre a morte do seu irmão José Couso, repórter de imagem da Tele5, vítima do ataque das forças militares dos Estados Unidos ao Hotel Palestina, em Bagdad, em 2003.
Exactamente porque “as notícias passam de moda e os mortos caducam” nenhum jornalista compareceu na primeira conferência de Javier Couso em Portugal. Nem por solidariedade para com a família de um colega de profissão, que exige justiça relativamente à morte de um jornalista deliberadamente assassinado pelo exército norte-americano, numa tentativa clara de calar a imprensa independente, que à data fazia a cobertura noticiosa da ocupação de Bagdad.
No dia 8 de Abril de 2003, as forças militares dos EUA instaladas na capital iraquiana mataram outros dois jornalistas: o ucraniano Taras Protsyuk, da agência britânica Reuters, e o jordano Tareq Ayoub, da cadeia de televisão Al-Jazeera.
José Couso e Taras Protsyuk morrerem na sequência dos disparos de um tanque contra o Hotel Palestina, que feriram outros três jornalistas, e Tareq Ayoub morreu num ataque por míssil às instalações da televisão árabe.
















“O meu irmão não é mais importante do que os outros”, frisou Javier, após a projecção de um filme não censurado com imagens e testemunhos que denunciam a culpa do regimento de infantaria 3, do exército norte-americano, no ataque ao Hotel Palestina, nomeadamente o sargento Thomas Gibson, que efectuou o disparo, o capitão Philip Wolford, comandante da unidade, e o tenente-coronel Philip de Camp, comandante do regimento e que deu a ordem para disparar.
Sobre estes três militares foram emitidos, em Outubro de 2005, pelo juiz espanhol Santiago Pedraz, mandados inéditos de busca e captura internacional por crimes de guerra, após a queixa-crime movida pela família de José.
Mas cinco meses depois, em Março deste ano, a Audiencia Nacional espanhola arquivou a investigação, deixando sem efeito os anteriores mandados. Os familiares de José recorreram ao Supremo Tribunal espanhol. Apesar de Javier ter consciência de que vencer o caso é “muito difícil”, o processo ainda não terminou, nem tão pouco a luta por justiça das pessoas envolvidas na associação Hermanos, Amigos y Compañeros de José Couso (HAC-José Couso), criada após a sua morte. Nesse âmbito Javier desdobra-se em conferências pelos quatro cantos do mundo.

É necessário
não ficar indiferente à impunidade
com que o Governo norte-americano
comete crimes por todo o Globo!

Mais informação em http://www.josecouso.info/

duas bandas diferentes

6ªfeira, 3 novembro, 23h00 entrada livre

talitha kum
Som acústico: duas guitarras, baixo e percussão.
Banda de música instrumental, experimental. Pretende criar ambientes orientais, étnicos.

nasa
Guitarra, baixo, bateria e voz.
Som que funde várias raízes, numa base de sonoridade rock e uma melodia suportada pelo mínimo de materiais.