dino felipe is sleeping

5ª, 1 novembro entrada livre

17h00 Actuação de NAPA + Pedro André em lanche amplificado de Francisco Queimadela + Gonçalo Moreira

20h00 Ghuna X ao vivo














A Marvellous Tone Records, editora DIY portuense de música electrónica, regressou à actividade e apresenta Dino Felipe is Sleeping, a sua mais recente release (MT004), ou seja, a quarta edição cdr em capa serigrafada.

www.myspace.com/marvelloustone
www.marvelloustone.blogspot.com

popular e marginal















Mudar de Vida não está nas bancas porque quer ser marginal, não registado e sem preço. Foi apresentado na CasaViva. É um projecto típico de falta de paciência, porque é preciso fazer uma ruptura com o sistema, afirmou José Mário Branco. O músico e os jornalistas Rui Pereira e Renato Teixeira representaram a equipa do jornal.

Mudar de Vida apela à rebelião, um direito consagrado na Constituição Portuguesa. É assumidamente anti-capitalista e tem como objectivo nuclear colectivizar a produção. Motivos suficientes para a discussão que provocou. O assunto será desenvolvido no próximo Pica Miolos.

friday punk crust

Etacarinae












Deskarga Etílika







mudar de vida

sáb. 27 outubro, 22h00 entrada livre

Lançamento do Jornal Popular Mudar de Vida






















O nº1 já anda por aí e inclui um manifesto que será mote para o debate que se seguirá à apresentação do jornal. Confirmadas as presenças do músico José Mário Branco e do jornalista Renato Teixeira. Versão online disponível em www.jornalmudardevida.net

envenenamento cinemapodrático

, 26 outubro, 23h00 entrada livre

"Return of the Living Dead", de Dan O'Bannon (1985)
Homenagem cómica a "Night of Living Dead", de George Romero.



punk crust ibérico

, 26 outubro, 19h00 entrada livre













Etacarinae
Banda de Barcelona. Cinco elementos, dois dos quais oriundos de Lisboa. Influências de Discharge, Amebix, Death Side, His Hero Is Gone, Tragedy, entre outros.
www.myspace.com/etacarinaehc

Deskarga Etilika
Banda da Figueira da Foz, referência do crust em Portugal, com um CD editado. Quatro elementos.
www.myspace.com/deskargaetilika

festa de herodes

pela Vintena Vadia















Às 23h11, fez-se silêncio e apagaram-se as luzes. As palmas demoraram a arrancar mas multiplicaram-se enérgicas. Era a última representação de Salomé, de Óscar Wilde, na CasaViva, pela primeira vez palco de teatro assumido. Pelos amadores da Vintena Vadia, numa encenação de Elisabeth Schuster. Oito noites em cena, entre 12 e 21 de Outubro. O espectáculo, de acesso gratuito, foi apreciado por perto de 250 pessoas. Outras não puderam assistir, porque a lotação era limitada a pouco mais de 30 espectadores por representação.






Herodes, rei da província da Judeia, oferece uma festa à sua corte feminina e, perante o olhar de todos, assedia continuamente a sua enteada Salomé. Esta vinga-se dele e do seu mundo decadente, tomando-lhe o brinquedo preferido: a profetisa judia Iokanaan, que aquele mantém prisioneira. Salomé dança para o libidinoso rei e, em contrapartida, obriga-o, publicamente, a oferecer-lhe tudo o que ela quiser. Salomé vê assim a cabeça de Iokanaan ser-lhe servida numa bandeja de prata. Mas esta humilhação de Herodes tornar-se-á a fatalidade de Salomé.

Esta a história em sete actos. Um actor e 11 actrizes em cena percorrem a casa durante hora e meia, o público atrás, conduzido por guardas de Herodes. Do jardim, escadaria acima até ao varandim sob a clarabóia, passando pela penumbra do corredor do rés-do-chão, transformado em prisão, e pela bem iluminada sala grande, palco do manjar. Os espectadores são convidados da festa simulada pela cenografia, adereços e figurinos, pela música. E, claro, pela interpretação dos actores, pela energia que transmitem numa história dramaticamente empolgante.












“O espectáculo cresceu muito”, comentava, no final da última representação, um actor profissional, que também assistiu à estreia. Foi uma grande produção, envolveu uma equipa de 19 pessoas. Uma “fantástica produção com gente amorosa, que trabalhou sem dinheiro, apenas por idealismo e com muita coragem”, como haveria de dizer Lisa, a encenadora, oriunda da Alemanha. “Quando vi o interior da CasaViva, apaixonei-me imediatamente pela ideia de usar a casa como palco para a peça”, comentara em Maio, antes de começarem os ensaios. Apesar dos seus jovens 24 anos, Salomé foi a sétima encenação de Lisa.



Há anos que Lisa queria encenar Salomé. A peça veio-lhe de imediato à ideia quando conheceu a Vintena Vadia, com tantas actrizes. À excepção de Herodes, todas as personagens se transformaram em mulheres, "to creat a one man-leaded female, violent and decadent world". Cortou algumas personagens e pequenas cenas e seguiu o texto original.

Foi a primeira encenação de Elisabeth Schuster com a Vintena Vadia. "Aprendemos muito com a Lisa, ela foi uma grande ajuda para o grupo a nível de aprendizagem, profissionalismo, disciplina", dizem os actores. O grupo, formado por finalistas de um curso livre de teatro da ESMAE, foi oficialmente constituído como associação cultural sem fins lucrativos há dois anos. Até agora, só haviam representado textos portugueses, encenados por Nuno Meireles, convidado mas que entretanto se afastou por compromissos profissionais.




Salomé absorveu a Vintena Vadia durante mais de três meses. Convidaram técnicos e o espectáculo aconteceu. Acabou, ao fim de oito representações. Ficou a vontade de repetir, na CasaViva ou numa casa parecida. E há tantas no Porto que não se arrendam nem se vendem e que podiam estar vivas, a exemplo do nº167 da praça do marquês de pombal, há ano e meio cedida, enquanto aguarda comprador. Cedida para um projecto plural, interventivo e gratuito, que a reanima e reabilita.


Salomé, de Oscar Wilde
pela Vintena Vadia - Grupo de Teatro
encenação Elisabeth Schuster
interpretação Aljusto, Andreia Mota, Ana Campos, Avelina Vieira, Carla Guedes, Cristina Freitas, Isadora Fevereiro, Luísa Barbosa, Maria José Gonçalves, Paula Dias, Rita Figueiredo, Vírginia Silva
cenografia Jonas Ribeiro e Fernanda Macedo
desenho de luz Augusto Ramalhão
figurinos Alice Assal
compositor Pedro Junqueira Maia
músico Carlos Lima-Sitar

momentos deliciosos de outubro justo













Depois do salame de chocolate...













...momentos ainda mais deliciosos com as histórias de Thomas Bakk.

outubro justo

entrada livre
sáb. 20


16h00 workshop de culinária justa
18h30 histórias de Thomas Bakk

, e, dias 22, 23 e 24

21h30 workshop de teatro fórum, por José Soeiro













Outubro Justo
é um festival de activismo e toda a gente está convidada, tu também. Durante o mês de Outubro, acontecem várias actividades para promover o Comércio Justo e para expor problemas graves do actual sistema de comércio internacional, onde os direitos humanos são tantas vezes menosprezados em favor de maiores lucros.

O festival não tem fins lucrativos e toda a colaboração é voluntária, da cedência de espaços aos músicos, passando pelos formadores e restante equipa. A entrada é livre em todos os eventos. Vem pensar, debater e tomar chá do Comércio Justo. Vê o programa em phelgo.com/outubrojusto.

sandes de cinema

, 19 outubro entrada livre

23h00
"The Power of Nightmares", de Adam Curtis
(3 episódios x 60', v.o. inglês)

festa de herodes

até 21 outubro
, ,, sábado e domingo 21h30





















Salomé
, de Óscar Wilde

encenação de Elisabeth Schuster
pela Vintena Vadia - Grupo de Teatro

encontro casual

Gino´s Eyeball












Camusi




sandes de cinema

entrada livre
6ª, 12 outubro

23h00 "The century of the self" (1/4 e 2/4 )
de Adam Curtis (120' v.o. inglês)


sábado, 13 outubro

23h00 "The century of the self" (3/4 e 4/4)
de Adam Curtis (120' v.o. inglês)

festa de herodes

6ª, 12 outubro 21h30

estreia Salomé, de Óscar Wilde

encenação de Elisabeth Schuster
pela Vintena Vadia - Grupo de Teatro



gino's eyeball + camusi

4ª, 10 outubro, 19h30 entrada livre
A casualidade junta duas bandas diferentes.

Gino's Eyeball
Trio belga punk-rock
www.myspace.com/ginoseyeball






















Camusi
Dupla italiana:
Madame P
e Stefano Giust
Improvisação experimental
www.myspace.com/camusi

Como brinde, trazem um vídeo dos Negativeland, cuja exibição se anuncia como estreia europeia.

a nossa vingança é sermos felizes

ALAMBIQUE já destila

Se a CasaViva tivesse rosto, teria corado quando ouviu dizer que as conversas promovidas pelo CCA conseguem reunir 20 a 30 pessoas no Clube Aljustrelense, em Aljustrel, Baixo Alentejo. No Porto, uma conversa anunciada na CasaViva dificilmente atrai uma dezena de pessoas. Como aconteceu no sábado, dia 6, a propósito do lançamento de ALAMBIQUE.

ALAMBIQUE é uma nova publicação, confeccionada pelo Centro de Cultura Anarquista (CCA) Gonçalves Correia, em Aljustrel, e que reflecte o seu primeiro ano de actividade no Clube Aljustrelense, onde o projecto assentou arraiais. “A necessidade de dar a conhecer o que fazemos, de sair portas fora tornou-se ao longo deste tempo algo imperativo. Não apenas com vista a um alcance maior, mas para quebrar com a passividade de nos fecharmos num getho, numa tribo, com os mesmos de sempre”, lê-se no editorial, que termina assim: “Nesta nossa (des)construção afirmamos não apenas a crítica ao insaciável capitalismo e autoritarismo que nos rodeia. Queremos também, informal e livremente, que a nossa festa e o nosso companheirismo não seja a alienação que nos querem impor, mas a revolta com que queremos aprender a viver”.

O anarquismo é tema de seis das 20 páginas de ALAMBIQUE (formato A4, p/b). Duas a fechar, dedicadas a António Gonçalves Correia (1886-1967), cuja vida se cruza e se funde com o emancipar das ideias anarquistas, com as lutas anarco-sindicalistas das minas de Aljustrel, São Domingos ou Lousal, com as lutas dos camponeses do Alto ao Baixo Alentejo e com os vários grupos e jornais anarquistas de Portalegre, Évora, Odemira ou Cercal do Alentejo. Caixeiro viajante, vegetariano e tolstoiano, a sua figura perdura ainda na memória de muitos alentejanos.

As outras quatro páginas a propósito do anarquismo foram retiradas de “Days of War, Nights of Love. Crimethink for Beginners”, 2001 CrimethInc Collective (USA), e correspondem a um artigo intitulado “Ressuscitando o anarquismo como uma abordagem pessoal à vida”, que desmistifica os fantasmas que o tema ainda desperta, com afirmações tão simples quanto a seguinte: “Na nossa vida diária, somos todos anarquistas. Sempre que tomamos decisões por nós mesmos, sempre que assumimos a responsabilidade pelos nossos actos em vez de os deferir a algum poder superior, estamos a pôr o anarquismo em prática.”

Os transgénicos são outro tema que se desdobra em outros dois artigos: um em defesa da acção directa do movimento Verde Eufémia, em Silves; e uma entrevista a Fernando, da Colher Para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais, em que, entre outras questões, são referidos os malefícios para a saúde consequentes do consumo de transgénicos.

Os acontecimentos do 25 de Abril de 2007, em Lisboa, merecem também a atenção especial de ALAMBIQUE, porque “os dias não estão para a inércia”. Por isso mesmo, a contestação da indústria do medo que é a guerra e a manipulação de informação, registando dois debates ocorridos no Clube Aljustrelense: um sobre o assassinato do repórter de imagem espanhol José Couso, em Bagdad, logo após a invasão do exército dos EUA; outro sobre o terrorismo de Estado na Rússia e a guerra na Tchetchénia. Dois assuntos que também passaram pela CasaViva.

Dos temas abordados pelo ALAMBIQUE, falta apenas referir “Em frente pela porta das traseiras”, peça do grupo de teatro algarvio te-Atrito em homenagem a Jacques Prévert (1900-1977), cuja representação foi um sucesso no Clube Aljustrelense. Um trabalho encenado por Rita Neves, interpretado por Leonor Macedo e Pedro Monteiro e musicado por Igor Martins. O público ocorreu de tal maneira que houve quem ficasse à porta sem lugar para assistir ao espectáculo.

Quando haverá um outro espectáculo no Clube Aljustrelense ou quando sairá um novo número de ALAMBIQUE são incógnitas à data. A única certeza é que o CCA Gonçalves Correia quer continuar a fazer jus ao nome que escolheu e assim “estreitar as afinidades libertárias e procurar divulgar através de várias iniciativas públicas e abertas a todos diversas questões e problemas que combatam a apatia, o medo e o conformismo que nos sufoca e dêem viva voz ao protesto social”.

O ALAMBIQUE encontra-se disponível na CasaViva para todos quantos o queiram folhear e ler e/ou, eventualmente, adquirir.

Mais info em: www.goncalvescorreia.blogspot.com/

lançamento do alambique

sábado, 6 outubro, 20h00 entrada livre

O projecto CCA Gonçalves Correia de Aljustrel apresenta ALAMBIQUE. Conversa e convívio com açorda alentejana. Aparece.

O ALAMBIQUE é uma publicação que surge do projecto anarquista Centro de Cultura Anarquista (CCA) Gonçalves Correia, que se movimenta entre Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Castro Verde e restante Baixo Alentejo.
Os objectivos: estreitar as afinidades libertárias e procurar divulgar através de várias iniciativas públicas diversas questões e problemas que combatam a apatia, o medo e o conformismo que nos sufoca. Dar viva voz ao protesto. www.goncalvescorreia.blogspot.com/

Dia 5, 17h00 Centro de Cultura Libertária (Almada)
Dia 4, 20h00 Clube Aljustrelense (Aljustrel)

sandes de cinema

6ª, 5 outubro entrada livre

23h00 “The war game”, de Peter Watkins
(47’ v.o. inglês, leg. português)