O ataque à Flotilha da Liberdade, chamado pelas Forças Armadas de Israel de Operação "Sea Breeze", foi uma operação da Marinha israelita, realizada pelos comandos do Shayetet 13 nas águas internacionais do mar Mediterrâneo, em 31 de maio de 2010, contra uma frota das ONGs Free Gaza e İnsani Yardım Vakfı.
A frota, chamada de Flotilha da Liberdade, transportava 750 pessoas (entre pacifistas ocidentais e de países muçulmanos, activistas políticos e religiosos) e dez mil toneladas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza em seis embarcações, quando foi interceptada pela Marinha de Israel. Durante o confronto, pelo menos nove pessoas morreram e outras sessenta ficaram feridas, incluindo oito soldados israelitas. A autópsia realizada nos nove activistas mortos revelou que foram atingidos por trinta tiros, cinco deles na cabeça.
Após mais este ataque por parte do Estado Israelita, várias pessoas decidiram juntar-se num Grupo de Acção pela Palestina (GAP), de forma a evitar que mais um acto de terrorismo de Estado por parte de Israel caia no esquecimento.
Em colaboração com a CasaViva, o GAP inicia um ciclo de cinema e debates sobre a Palestina e o conflito no Médio-Oriente, com a projecção do documentário To shoot an Elephant - Atirar num Elefante (2009).
To shoot an Elephant, de Alberto Arce e Mohammad Rujailah (113')
Espanha, 2009
Os ataques israelitas não poupam ninguém, crianças, mulheres, ambulâncias e tudo o que se mova pode ser alvo da cobardia e brutalidade de um dos exércitos mais truculentos do mundo.
Em 18 de Janeiro de 2010 findou-se o primeiro aniversário do fim do bombardeio de Israel sobre Gaza - ataque que durou de 27 de Dezembro de 2008 até 18 de Janeiro de 2009 e que terminou com a vida de 1.412 palestinianos.
O documentário To Shoot An Elephant narra, do interior da Faixa de Gaza, os acontecimentos durante aqueles dias. Convertido em narração directa e privilegiada dos bombardeios, quer ser ferramenta para fazer frente à propaganda israelita e ao silêncio internacional.