maximum 10kg

5ª, 4 outubro entrada livre

19h00 Maximum 10kg
Inauguração animada com Stomper Party






















Maximum 10 kg
é uma exposição de arte de um colectivo londrino, 14 artistas que aparentemente exibem o seu trabalho de uma forma autónoma, mas que têm em comum a vivência de Londres, cidade veículo de diversidade e de multiculturalidade.

Iniciativa de curadoria que pretende revelar uma materialização de múltiplos gestos e ideias sem fronteiras espacio/temporais, organizada por Ana Efe.

A Stomper Party é um projecto de mostra de vídeo ao som de música escolhida pelo Dj Greg Poole.

Maximum 10kg abre ao público até 9 de Outubro: 6ª a domingo, 15h-20h; 2ª e 3ª, 15h-18h.

punk a fechar territórios de guerra

Dead Singer












Mana Calórica












Eskizofrénicos












“ilustre(s) senhor(es): entre territórios de guerra" terminou como inaugurou, ao som de punk-rock.

encontro de gerações entre territórios de guerra

entrada livre
5ª, 27 setembro

17h-24h “ilustre(s) senhor(es): entre territórios de guerra"
O Territórios de Guerra em conjunto com o projecto ladoalado lançou o repto... Ficto, Ayer, Craft, Beil, Phyusis, #?!@%, Crone e Naxa aceitaram o desafio... nasce a exposição "ilustre(s) senhor(es): entre territórios de guerra"...
a CasaViva167 oferece a casa...














…até 30 de Setembro, de 5ª a domingo.


6ª, 28 setembro

23h00 sandes de cinema
Punishment Park", de Peter Watkins
(90’, v.o inglês com legendas em português)


sábado, 29 setembro
19h00 espírito punk: encontro de gerações

Dead Singer
Banda rock formada em 2005 a partir das cinzas dos Cães Vadios.
http://www.deadsinger.net/

Eskizofrénicos
Punk-rock minimal e cru, retratando a demência e a podridão urbana do século XXI.

www.myspace.com/eskizofrenicosband

Mana Calórica
Mescla de punk-rock com performance poético-musical.
www.myspace.com/manacalorica


23h00 ciclo Jean Vigo

L'Atalante

(84’, v.o. francesa com legendas em inglês)

gudubik e cinema entre territórios de guerra

entrada livre
5ª, 20 setembro

17h-24h “ilustre(s) senhor(es): entre territórios de guerra"
O Territórios de Guerra em conjunto com o projecto ladoalado lançou o repto... Ficto, Ayer, Craft, Beil, Phyusis, #?!@%, Crone e Naxa aceitaram o desafio... nasce a exposição "ilustre(s) senhor(es): entre territórios de guerra"... a CasaViva167 oferece a casa...













…até 30 de Setembro, de 5ª a domingo.


6ª, 21 setembro

21h00 Gudubik, música





















Gudubik é uma palavra turca que caiu em desuso e significa "bizarro, algo difícil de definir". É numa categoria sem categorias que o grupo se situa musicalmente, algures entre o dub experimental, música do mundo, freestyle. Três viajantes de nacionalidades diferentes - Ana (portuguesa), Lobo Kurt (turco), Pulliefus (holandês) -, unidos pela eterna viagem, a vontade de expansão por aventuras e sonoridades desconhecidas. Ao vivo propõem um momento de comunicação intimista, teatral, talvez dançável.

http://www.gudubik.nl/

23h00 sandes de cinema
“A Bomba”, de Peter Watkins
(48’, v.o. inglês com legendas em francês)


sábado, 22 setembro

23h00 ciclo Jean Vigo










1º fim-de-semana entre territórios de guerra

de 15 a 30 de setembro



















100 talento, distrofia, raios parta, estado de sítio
















Por uma Europa livre de transgénicos, uns 30 activistas galegos responderam ao convite do GAIA e da Plataforma Transgénicos Fora para participarem no protesto contra a reunião dos ministros da Agricultura da UE, domingo, 16 de Setembro, no Porto. (transgenicosfora)
Estiveram na CasaViva, no sábado anterior, e, como os próprios escrevem, «tivo lugar un encontro entre activistas portuguesas e galegas (…) que serviu para dar a coñecer o presente estado de cousas e de loitas a ambos lados do Miño e pensar cales poden ser os futuros momentos e camiños en que portuguesas e galegas poidamos volver a confluir para a construcción dun común desexante no que todas nos achemos cómodas para "picar miolos" ;)». (global.fugaemrede.info/)

De Barcelona, ficou o protesto contra a agressividade do homem sobre a Natureza!


pombas diabolicamente assassinadas

Tanta pomba assassinada, na praça do marquês de pombal, no Porto. Fim de tarde, quinta-feira, 13 de Setembro. Tombavam em voo ou dos nichos das fachadas. Ficavam no chão em lenta agonia.

Foram levadas em sacos plásticos e em gaiolas, por agentes da GNR, acompanhados no local pela PSP. Foi recolhida uma amostra de uma espuma no chão.

Daí, horas antes, a pomba na janela a vomitar… O ambiente era de consternação e de incredulidade. Ninguém se lembra de acontecer ali uma coisa destas. Ali, no jardim, onde as pombas fazem parte da paisagem.

Não são brancas, mas não deixam de ser paz nas guerras que fabricamos.

contra os transgénicos

domingo, 16 setembro entrada livre
… dia em que reúnem no Porto os ministros da Agricultura da UE

22h00 cinema

“The Future of Food”, de Deborah Koons Garcia
(88’, leg. em português)

Há uma revolução a acontecer nos campos e nas mesas de jantar dos EUA. Uma revolução que está a transformar a própria natureza do que comemos.
“The Future of Food” oferece-nos uma investigação profunda sobre a verdade por trás da comida geneticamente modificada, sem rotulagem e patenteada que, num ápice, encheu as prateleiras das mercearias na década passada. Das pradarias de Saskatchewan, Canadá, aos campos de Oaxaca, México, este filme dá voz aos agricultores cujas vidas sofreram um impacto negativo por causa desta tecnologia e examina a complexa rede das forças políticas e de mercado que estão a modificar o que comemos e a tentar dar às grandes multinacionais o domínio do sistema alimentar mundial.

”TranXgenia”, a história da minhoca e do painço
(30’, leg. em português)

Documentário elaborado na Catalunha, sobre o impacto dos transgénicos na saúde, no meio ambiente e na biodiversidade. As consequências dos OGMs no sistema de produção e distribuição alimentar.

fim de semana em construção permanente

punk em territórios de guerra

sáb. 15 setembro entrada livre

17h00 "ilustre(s) senhor(es): entre territórios de guerra"

O Territórios de Guerra em conjunto com o projecto ladoalado lançou o repto... Ficto, Ayer, Craft, Beil, Phyusis, #?!@%, Crone e Naxa aceitaram o desafio... nasce a exposição "ilustre(s) senhor(es): entre territórios de guerra"... a CasaViva167 oferece a casa...




























fundamentalismo vs. cepticismo
centro vs. periferia
multiculturalismo vs. interculturalismo
globalização capitalista vs. alter-globalização
ocidente vs. médio-oriente
individual vs. colectivo
global vs. local
racionalidade vs. emotividade
são os territórios de guerra em reflexão num diálogo estético onde as técnicas se cruzam, os materiais utilizados se diferenciam e as sensibilidades se manifestam...

Até 30 de Setembro: de 5ª a domingo, das 17h00 às 24h00

territoriosdeguerra.wordpress.com/
www.projectoladoalado.blogspot.com/


19h00 punk português




























22h30 FugaEmRede no Porto

Apresentação do colectivo da Galiza.
Os movimentos dos centros sociais autogeridos, as lutas galegas, a experiência das Rádios Livres. Apresentação de materiais audiovisuais auto-produzidos e algumas reflexões sobre as redes telemáticas alternativas. Vídeos de acções desenvolvidas .

2 de setembro: a assembleia que não se realizou

Crónica em jeito de reportagem
Quando a realidade ultrapassa a ficção

Primeiro domingo de Setembro, meio da tarde, soou o batente no nº 167 da Praça do Marquês de Pombal. Não era a primeira vez na última meia hora, estava para começar uma reunião. Quando me aproximei da porta dei conta que estava entreaberta e que o Marquês ia a sair. Pé fora para o apanhar e dou com dois senhores fardados de azul. “A casa é sua?”, perguntam. “Só um momento”, pedi com um jeito de mão e apressando o passo em direcção ao cão. Recolhido do abandono na serra do Marão, não havia de se perder, agora e assim, de novo. Seguia decidido pela aventura, voltou contra vontade.

“A casa é sua?” A mesma pergunta. Os senhores agentes da autoridade batiam à porta para pedir contas da propriedade. Porque haviam recebido um telefonema a dizer que o cadeado daquela porta havia sido arrombado, alegaram. À porta, vindo de dentro, apareceu um dos proprietários. À porta, vindos de fora, continuavam a aparecer homens de olhar meio perdido, casa adentro. “O que é que se passa aqui?” O rumo das perguntas mudou perante as visitas. Passaram a interpelar quem chegava. Homens predominantemente morenos. O que fazem aqui, quem são? Imigrantes que vêm para uma sessão de esclarecimento sobre a nova Lei da Imigração, promovida pela Essalam. O que é isso? Uma associação de imigrantes do Magreb. E fazem aqui reuniões semanais? Não, é apenas uma reunião alargada, esta tarde. Para começar a que horas? Às 16h30. Quanto tempo demora? Talvez umas duas horas.

Chegam mais dois marroquinos. São inquiridos. Não, não têm papéis. Rachid Fathi aparece de dentro a ajudar na tradução. Fala árabe com os que chegam, um dos agentes enerva-se. Rachid explica-se em português. É ele quem dirige a Essalam, associação criada há dois anos no Porto para apoiar a integração dos magrebinos que vêm para cá à procura de trabalho e de melhores condições de vida. É marroquino, como grande parte das duas centenas de associados da Essalam. Rachid volta a entrar com os seus companheiros, deixa os documentos com a autoridade. Os agentes da PSP avisam que da próxima que os apanhem sem papéis chamam o SEF.

O interrogatório continuou, enquanto se aguardava quem traria os documentos que comprovavam a propriedade da casa. Sem provas de que a casa não fora ocupada, não arredariam. Receberam uma queixa, têm de averiguar. Como é que conheceram o Rachid? Quantas pessoas estão lá dentro? Há algum problema em entramos? Telefonemas para o SEF.

Um dos agentes acabaria por entrar, cerca de uma hora mais tarde, com a chegada de quem trouxe as provas de propriedade. Estacionado então, frente à porta, estava um Mercedes descapotável, de onde haviam saído três homens jovens com ar de quem andava a dar um passeio de domingo. Cumprimentaram os seus colegas fardados e mantiveram-se no terreno.

O agente que entrou foi um dos que batera o batente, horas antes. Verificados os papéis, pediu para ir à sala da reunião. Onde haviam estado umas dezenas de magrebinos encontrou cadeiras sem gente e tapetes no chão. Por razões que a razão conhece, a assembleia da Essalam fora interrompida e os seus participantes foram saindo pela mesma porta por onde entraram, virada para o jardim da praça, enquanto decorria o suspeito espectáculo que há-de sempre provocar a concentração de carros da polícia. O número de curiosos ia crescendo com o número de agentes presentes no local. Aconteciam episódios paralelos, dois espectadores a pegarem-se e um carro a ser mandado parar, o condutor era cigano, viajava com raparigas alegadamente menores e não tinha documentos. Não era o único nessa tarde, mas foi o que teve menos sorte e que seguiu para a esquadra.


Algum problema? Problema é baterem à porta de uma casa a pedir a quem está dentro os documentos que comprovem que tem direito a estar em sua casa e a receber os seus convidados. Esta podia ter sido a resposta. Não foi. Mas a versão original desta história foi, no essencial, muito semelhante a este relato, salvaguardando-se as devidas traições que o tempo provoca à memória, sobretudo no que respeita à sequência das perguntas. O episódio durou umas duas lentas horas. Foram identificadas três pessoas da casa. A duas, foram pedidos os respectivos números de telefone. Ficou o aviso de que no dia seguinte, segunda-feira, o SEF poderia ligar. Não ligou.

Na porta daquela casa nunca existiu cadeado, pelo menos nos últimos 30 anos. Na porta daquela casa foi colocado um papel naquela tarde a indicar que era ali, CasaViva, que se realizava a segunda assembleia-geral ordinária da Essalam. O mesmo anúncio permanece no blog da Associação dos Imigrantes Magrebinos e de Amizade Luso-Árabe. (http://www.assoporto.blogspot.com/) Nada foi feito às escondidas. Ninguém é ilegal.