livro do mês de fevereiro

Porque um livro também respira, a Biblioteca da CasaViva destaca um livro mensal. Este mês, fevereiro 2013, saltou de uma prateleira A Metafísica do Amor, de Schopenhauer

A propósito surgiu a ideia de realizar um debate, que parte do desafio prévio a todxs para pensarmos nas diversas visões do conceito de Amor, no âmbito da filosofia, cinema, literatura, artes plásticas, música, teatro, comédia, experiências pessoais, etc..

, 28 fevereiro 21h30 entrada livre

Apresentação do livro A Metafísica do Amor, de Schopenhauer, e conversa sobre a tese central do autor (o amor como impulso sexual baseado na vontade de vida da espécie).

A partir daqui, pretende-se alargar a discussão, com as pessoas presentes a introduzirem outras perspectivas sobre o conceito de Amor, apoiadas em vários suportes, como poemas ou canções, excertos de filmes, imagens ou fotografias, livros ou histórias, teses ou tratados filosóficos, entre outras possibilidades.

No final, se possível, promover um choque de ideias que pode servir para perceber melhor as diferentes formas de relações existentes entre pessoas que partilham os mesmos sentimentos, de maneiras diferentes ou semelhantes.


A Metafísica do Amor
Schopenhauer
Coisas de Ler Edições
2006

Se o amor é uma realidade e ninguém dúvida da sua importância, porque será que é um objecto tão descurado pelos filósofos? É com esta questão que Schopenhauer inicia a sua tentativa de definição de amor. Tal como os poetas não prescindem deste tema nas suas obras, a filosofia também deve reflectir sobre este assunto sem simplismos nem preconceitos.

O amor, afirma Schopenhauer, é o impulso sexual baseado na vontade de vida da espécie. Sem esta vontade, os humanos, carregados de egoísmos, não se aproximariam do sexo oposto para procriar e, assim, a espécie humana estaria condenada à extinção. 

Desta forma é derrubada a noção romântica de amor, onde o sofrimento e a tormenta, ou a paixão e o deleite, são manifestações de um desejo inconsciente, um ímpeto irresistível, que é o instinto procriador. Não existe amor sem sexualidade, e a felicidade suprema é o bem da espécie, pois o que está em jogo é a sua sobrevivência.

O amor não é algo romântico, mas sim uma ilusão, onde somos escravos inconscientes da natureza quando julgamos que estamos a tentar satisfazer os nossos desejos particulares. 

A busca apaixonada pela beleza não se refere ao gosto pessoal de homens e mulheres, mas à verdadeira finalidade da sua aproximação, o novo ser. Na medida em que nos apaixonamos, nós desejamos as qualidades presentes no sexo oposto, as quais farão parte da nossa futura cria; além disso, não iremos desejar aqueles ou aquelas que não nos podem dar frutos e também não desejaremos aqueles ou aquelas que nos darão frutos que não corresponderão com as nossas expectativas de beleza e de vivacidade.

Portanto, o amor é baseado numa vontade maior do que a nossa, a vontade da espécie, o esplendor máximo da vontade individual. Esta vontade de viver faz com que demos valor à nossa existência e aspiremos à longevidade da espécie, é um desejo metafísico de prolongar a essência comum a todos os indivíduos. 

o punk e a política

5ª, 21 fevereiro 19h00 entrada livre






















Para pensarmos naquilo que gira à volta da cultura punk, os seus princípios, as suas influências e as suas práticas no dia a dia, a CasaViva acolhe uma série de encontros/convívio/concertos/jantares. Convidamos todxs, punks e não-punks, com ou sem afinidade pelo tema, para participarem nestas Tertúlias Punk.

A terceira é já no dia 21 de Fevereiro, a partir das 19h. Haverá petiscos, música, frescas 20% menos caras e diz que, logo a abrir, se po...derá ver um espectáculo de Dead Kennedys ao vivo. Tudo, neste terceiro encontro, para se pensar acerca das relações entre punk e política.

Então, será dentro disto:
19h00 Dead Kennedys (não é bem ao vivo, é ao vídeo)
21h00 Blá blá blá
antes do fim: DJ Punkito (se lhe apetecer e se não for expulso antes)

A 2ª Tertúlia Punk, no dia 7 de fevereiro, foi mais ou menos assim:  
(que) importa o que eu como

(que) importa o que eu como

2ª Tertúlia Punk da CasaViva, 7 fevereiro 2013
Bom ambiente e casa composta. Pedrinho e Marroco embalaram o pessoal com os seus cânticos revolucionários. Por volta das 20h30 (?) deu-se início às hostilidades, para se responder à questão (que) importa o que eu como e para pensar na relação que as opções alimentares de cada qual têm, ou não, com o punk. Discutimos os conceitos: vegetariano, freegan, pescetarianismo... e as razões que levam as pessoas a adoptar essas mesmas dietas (saúde, sustentabilidade ambiental). O Punkito não parava de punkar.

Discutiu-se o consumo em massa e insustentável dos produtos de origem animal, as respectivas consequências na nossa saúde, o desrespeito pela vida animal e a insustentabilidade económica das criações gigantescas de animais (comida utilizada na alimentação do gado). Falou-se nas alternativas sustentáveis à produção industrial, no potencial das cidades como espaços para produzir alimentos, no mau aproveitamento agrícola do zonas periféricas e do interior. Debateu-se o êxodo urbano para o campo e estabeleceu-se um paralelo com a actual situações económica do país e com todos os efeitos nefastos do capitalismo, do monopolismo e do consumismo.O Punkito não parava de punkar. Discutiu-se os preços de certos alimentos nos mercados e como isso afecta as opções de dieta. Explicou-se a produção pecuária e agrícola adoptada pelas populações no meio rural e todos os seus benefícios. Comparou-se ainda o modo de vida no campo com o modo de vida sedentário na cidade.

Concluiu-se que é possível ter uma alimentação saudável recorrendo a dietas mais sustentáveis e não tão nocivas para o ambiente. O vegetarianismo é, sem dúvida, a dieta mais ecológica. Por outro lado, a exploração pecuária é insustentável nos moldes capitalistas actuais e isso está a ter e continuará a ter consequência na humanidade e no ambiente. É possível também adoptar métodos de exploração pecuárias e agrícolas mais sustentáveis, equitativos e tecnologicamente avançados do que os actuais.O Punkito não parava de punkar.

A todxs xs amigxs da CasaViva

A CasaViva existe há quase sete anos, sempre irreverente, sempre contestatária. A Cozinha Cmunitária, a Horta, a Biblioteca, o Círculo de Estudos Artísticos, a Cicloficina, a Rádio, os Concertos, o Pica-Miolos, a Loja Livre, os Ritmos de Resistência são projectos que aqui vivem, além de muitas outras iniciativas. Tudo sempre (quase) sem dinheiro, mas com a ajuda de muitxs amigxs!

Acontece que nos últimos três meses a Casa sofreu dois assaltos (!!!???). Desapareceu dinheiro - aquele com que pagamos a água, a luz, o gás, a internet..., mas sobretudo desapareceu material indispensável aos concertos (ver fotos abaixo).

Fazemos este apelo a todxs para que a CasaViva possa retomar o quanto antes as actividades, sem ter de cancelar mais concertos e outras iniciativas: 

A QUEM AVISTAR O MATERIAL ROUBADO QUE NOS AVISE
por mail: casaviva167@gmail.com ou por sms: 910450172;

A quem tiver equipamento de som sem uso que possa disponibilizar,

A quem quiser enviar-nos algum guito que o pode fazer através do NIB 0010 00004694803 000122, da Sapato 43 (que gentilmente serve de intermediária), informando-nos da quantia transferida para o email da casa (acima).

A quem anda a pensar vir à Casa mas tem adiado, que espreite o blog!

Por aqui, estamos a procurar formas de repor o que foi roubado através da organização de benefits. Apelamos aos espaços, colectivos e pessoal amigx que faça o mesmo onde for possível.

Todxs somos poucxs para dar vida à Casa!






Acustica





Yamaha EMX62M





fevereiro 2013

documentário sobre direitos dos animais e pizza

, 14 fevereiro 19h00 entrada livre

Earthlings, de Shaun Monson [95']
Documentário. EUA 2005 

Produzido, escrito e realizado por Shaun Monson e narrado em voz off pelo actor e activista dos direitos dos animais Joaquin Phoenix, vegano e membro da PETA, a maior organização dos direitos animais do mundo. Conta também com a contribuição do músico vegano e activista Moby.

Aborda a questão da dependência da humanidade em relação aos animais, mostrando a falta de respeito em relação a estes que prevalece. Foram necessários cinco anos para ser produzido. Começou por ser uma série de uma campanha de consciencialização pública, na Califórnia, sobre castração de animais de estimação. Assim que as filmagens terminaram, Monson passou a interessar-se por outras áreas correlacionadas, como alimentação e pesquisa científica.

O documentário está dividido em cinco partes fundamentais: animais de estimação, alimentação, vestuário, entretenimento e ciência.

Workshop #PeopleWitness

3ª, 12 fevereiro 15h00 entrada livre 

FERRAMENTAS DE PARTICIPAÇÃO ONLINE
Se todos utilizarmos as mesmas ferramentas, poderemos criar uma rede de apoio mútuo e colaboração à escala da península ibérica.

Objectivos:
Conhecer-nos uns aos outros para potenciar as nossas lutas.
Formar as pessoas para o uso das ferramentas e metodologias associadas ao jornalismo cidadão e ao media activismo.
Partilhar com companheiros portugueses competências específicas de comunicação social e colaboração digital para atingir os seus objectivos de participação social, assim como estratégias que podem ser elaboradas e postas em prática neste momento.
Apresentar o projecto #Peoplewitness resultante da fusão desses conhecimentos.
Conhecer a situação política em Portugal, as alternativas propostas na base e as diversas estratégias usadas pelos movimentos nas suas lutas.

Conteúdos:
- Apresentação das ferramentas que usamos em media activismo: dinamização online, Mailing list, Etherpad, Mumble, Twitter, Streaming, blogues, Storify, etc..
- Experimentação prática e elaboração de estratégias com as ferramentas.
- Apresentação do projecto #Peoplewitness.
- Avaliação do encontro.

A oficina será difundida em live streaming e gravada.

organizado por:
#peoplewitness #15MBcn_int #drynternational

carnaval da casaviva

sábado, 9 fevereiro 12h00 entrada livre
Ao contrário do nome, carne não vale no Carnaval da CasaViva. Por isso, a feijoada é vegetariana. Se quiseres aprender como se faz, aparece pelo meio-dia; se já souberes, aparece na mesma... podemos trocar experiências culinárias. Se quiseres, traz uma lata de feijão. 

Depois, virá a almoçarada, e como «todas as artes aspiram a alcançar a música» (Walter Pater) será a vez da animação de uma Roda de Samba, até às 17h00. É o Carnaval da CasaViva.

cinanima na casaviva

, 8 fevereiro 22h00 entrada livre

O CINANIMA Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho teve início em 1976 e é uma referência no panorama mundial do cinema de animação. Em 2012 celebrou a sua 36ª edição com um conjunto de 97 filmes de 26 países em competição nacional e internacional.

A 8 de Fevereiro, o Círculo de Estudos Artísticos da CasaViva apresenta uma sessão com os premiados do CINANIMA 2012, numa noite de convívio com jantar comunitário e o melhor do cinema de animação mundial.

FILMES a exibir:

Sem papas na língua, Crianças Oficinas da Anilupa
Portugal [10'18'']
Branco, Raquel Felgueiras
Portugal [06'18'']
Outro homem qualquer, Luís Soares
Portugal [11'10'']
Along the way, Georges Schwizgebel
Suíça [03'30'']
Kali, o pequeno vampiro, Regina Pessoa
Portugal [09'00'']
A morning strol, Grant Orchard
Reino Unido [06'47'']
A energia na Terra chega para todos, José Miguel Ribeiro
Portugal [01'00'']
Swarming, Joni Mannisto
Finlândia [07'18'']
Demoni
, Theodore Ushev
Canadá [03'37'']
Oh Willy..., Emma De Swaef, Marc James Roels
Bélgica [16'00'']
Head over heels, Tim Reckart
Reino Unido [10'20'']
Le grand Ailleurs et le petit ici, Michèle Lemieux
Canadá [14'25'']

2ª tertúlia punk: (que) importa o que eu como

, 7 fevereiro 19h00 entrada livre

Teremos na CasaViva uma série de encontros/convívio/concertos/jantares, entre outras coisas, para pensarmos naquilo que gira à volta da cultura punk, os seus princípios, as suas influências e as suas práticas no dia a dia. Convidamos todxs, punks e não-punks, com ou sem afinidade pelo tema, para estarem presentes nessas tertúlias.

A segunda é já no dia 7 de Fevereiro, a partir das 19h. Haverá jantar música, frescas 20% menos caras e diz que, logo a abrir, o Marroco e o Pedrinho vão transformar um duo improvável num festim que misturará produções próprias com clássicos para a família toda cantar. 


Tudo, neste segundo encontro, para se responder à questão (que) importa o que eu como e para pensar na relação que as opções alimentares de cada qual têm, ou não, com o punk.

Horário que se tentará cumprir:


19h00 Jantar
20h00 Pedrinho e Marroco
21h00 Tertúlia

A 1ª Tertúlia Punk, no dia 24 de Janeiro, foi mais ou menos assim:  

DIY or DIE, opção ou onda?