A faixa colocada na fachada da Casa Viva, na quinta-feira 12 de
Fevereiro 2015 (em solidariedade com as pessoas agredidas na Cova
da Moura pela actuação violenta, abuso de poder e propósitos
racistas cometidos por parte de uma instituição do Estado chamada
polícia com as seguintes palavras: "A bófia invade e brutaliza. A imprensa inverte a situação. O Estado criminaliza. A sociedade engole silenciosa. Je suis Cova da Moura") foi roubada no sábado 14 de Fevereiro à tarde.
Não sabendo quem cometeu este acto danoso para com a nossa indignação e certamente a nossa capacidade financeira envolvendo o preço do pano, da tinta, da corda, além do nosso tempo e dedicação solidária, sim, desta vez, suspeitando de alguma mão claramente racista actuando por conta própria pela cidade do Porto, a Casa Viva decidiu apresentar uma queixa formal na esquadra mais próxima do local da ocorrência.
Para nossa surpresa foi-nos dito que não podíamos apresentar queixa, porque a faixa não fora roubada, mas apreendida! Foi então que se tornou claro que essa instituição do Estado, além do braço armado de uma ideologia racista, também se outorga o direito de ser as tesouras da censura. Dado que nenhuma notificação nos foi entregue, convenhamos que a diferença é muito ténue entre roubo e apreensão. Tal como é muito ténue, neste caso, a distinção entre ofensa e censura. Parece que a solidariedade consensualmente imposta obedece a padrões especificamente brancos e religiosamente cristãos que permitem ser Charlie, mas jamais ser Palestina ou Cova da Moura.
Na esquadra da Rua do Paraíso foi-nos especificado que a faixa fora apreendida por ter sido considerada «ofensiva para a instituição». O roubo legalizado pelos censores armados do Estado decorreu no sábado 14 de Fevereiro às 14 horas. A Casa Viva foi informada que o processo se encontrava consultável no site do ministério público com a seguinte referencia NPP 69096/2015. Procurámos e nada encontrámos!
Não estamos dispostas a um jogo onde a nossa forma de pensar é a bola. Se a polícia se sente ofendida pela palavra "bófia", faltam certamente dicionários, mas falta ainda mais humanidade. Pelo nosso relógio são horas de responder com as armas de quem não tem armas.
Reafirmamos: JE SUIS AINDA MAIS COVA DA MOURA
Não sabendo quem cometeu este acto danoso para com a nossa indignação e certamente a nossa capacidade financeira envolvendo o preço do pano, da tinta, da corda, além do nosso tempo e dedicação solidária, sim, desta vez, suspeitando de alguma mão claramente racista actuando por conta própria pela cidade do Porto, a Casa Viva decidiu apresentar uma queixa formal na esquadra mais próxima do local da ocorrência.
Para nossa surpresa foi-nos dito que não podíamos apresentar queixa, porque a faixa não fora roubada, mas apreendida! Foi então que se tornou claro que essa instituição do Estado, além do braço armado de uma ideologia racista, também se outorga o direito de ser as tesouras da censura. Dado que nenhuma notificação nos foi entregue, convenhamos que a diferença é muito ténue entre roubo e apreensão. Tal como é muito ténue, neste caso, a distinção entre ofensa e censura. Parece que a solidariedade consensualmente imposta obedece a padrões especificamente brancos e religiosamente cristãos que permitem ser Charlie, mas jamais ser Palestina ou Cova da Moura.
Na esquadra da Rua do Paraíso foi-nos especificado que a faixa fora apreendida por ter sido considerada «ofensiva para a instituição». O roubo legalizado pelos censores armados do Estado decorreu no sábado 14 de Fevereiro às 14 horas. A Casa Viva foi informada que o processo se encontrava consultável no site do ministério público com a seguinte referencia NPP 69096/2015. Procurámos e nada encontrámos!
Não estamos dispostas a um jogo onde a nossa forma de pensar é a bola. Se a polícia se sente ofendida pela palavra "bófia", faltam certamente dicionários, mas falta ainda mais humanidade. Pelo nosso relógio são horas de responder com as armas de quem não tem armas.
Reafirmamos: JE SUIS AINDA MAIS COVA DA MOURA
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