«Para que a música seja a utopia que nos faz dançar.»
São demasiadas as conversas e os desejos por lugares de lazer e prazer que surjam de espaços livres. A maioria dos bares da cidade do Porto não o são. Estão sujeitos a lógicas de exploração onde cada passo de dança que é dado alimenta uma injustiça. Licenças abusivas para passar música pagas a quem? Aos donos da música? Preços de bebidas inflacionadas para pagar impostos e leis, mas não para pagar o esforço de quem faz da noite um lugar possível. Pessoas, próximas ou não, mas pessoas demais para não pensarmos nelas, com uma condição laboral precária, muitas vezes sem contrato e com valores por hora que igualam o preço de uma cerveja que demora 30 segundos a tirar. Tudo sob o olhar vigilante da polícia que nos oprime diariamente em nossas lutas, mas que é a convidada oficial dos donos da festa.
E lá estamos nós, almas insaciáveis à procura da festa, dos ritmos, das outras almas por saciar nas horas mágicas da noite. Mas cada vez menos a noite tem magia.
Está mais do que na hora de criarmos e alimentarmos, no espaço da festa, os nossos desejos e buscas por um mundo novo, também aqui se desenham lutas e desejos, esperanças e alternativas.
Este espaço, como todos os outros, é também um espaço de rebeldia e insubmissão, que deve ser também criado nos espaços de rebeldia e insubmissão. Por isso, os ritmos tropicais e rebeldes mudam de ares, procuram outros lugares onde se respire mais justiça e igualdade, onde quem dança, dança com prazer e liberdade, com a noção de que está a alimentar lugares onde se criam novos mundos.
Serão estes novos mundos, mundos onde a diversidade cultural não soa só na música, mas também nas pessoas que enchem os espaços, mundos onde a música respira respeito, onde as letras não sejam ofensivas nem ofensivos os olhares em busca de corpos e prazeres, novos mundos onde a nossa contribuição financeira sirva para alimentar projectos solidários e não lucros individuais. É para lá que quero ir e para onde peço companhia, porque sabemos bem que estes mundos não se constroem sozinhos!
- - - - - -
20h JANTAR
22h DEBATE «Que noite queremos?» – Por uma agenda cultural que nos represente.
depois: FESTA TROPICÁUSTICA!
com RUB A LINHO & Dj Marsias
São demasiadas as conversas e os desejos por lugares de lazer e prazer que surjam de espaços livres. A maioria dos bares da cidade do Porto não o são. Estão sujeitos a lógicas de exploração onde cada passo de dança que é dado alimenta uma injustiça. Licenças abusivas para passar música pagas a quem? Aos donos da música? Preços de bebidas inflacionadas para pagar impostos e leis, mas não para pagar o esforço de quem faz da noite um lugar possível. Pessoas, próximas ou não, mas pessoas demais para não pensarmos nelas, com uma condição laboral precária, muitas vezes sem contrato e com valores por hora que igualam o preço de uma cerveja que demora 30 segundos a tirar. Tudo sob o olhar vigilante da polícia que nos oprime diariamente em nossas lutas, mas que é a convidada oficial dos donos da festa.
E lá estamos nós, almas insaciáveis à procura da festa, dos ritmos, das outras almas por saciar nas horas mágicas da noite. Mas cada vez menos a noite tem magia.
Está mais do que na hora de criarmos e alimentarmos, no espaço da festa, os nossos desejos e buscas por um mundo novo, também aqui se desenham lutas e desejos, esperanças e alternativas.
Este espaço, como todos os outros, é também um espaço de rebeldia e insubmissão, que deve ser também criado nos espaços de rebeldia e insubmissão. Por isso, os ritmos tropicais e rebeldes mudam de ares, procuram outros lugares onde se respire mais justiça e igualdade, onde quem dança, dança com prazer e liberdade, com a noção de que está a alimentar lugares onde se criam novos mundos.
Serão estes novos mundos, mundos onde a diversidade cultural não soa só na música, mas também nas pessoas que enchem os espaços, mundos onde a música respira respeito, onde as letras não sejam ofensivas nem ofensivos os olhares em busca de corpos e prazeres, novos mundos onde a nossa contribuição financeira sirva para alimentar projectos solidários e não lucros individuais. É para lá que quero ir e para onde peço companhia, porque sabemos bem que estes mundos não se constroem sozinhos!
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20h JANTAR
22h DEBATE «Que noite queremos?» – Por uma agenda cultural que nos represente.
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